segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Trabalho sobre a violência no Colégio Estadual Antonio Houaiss.

Os alunos da turma 1022, Nelson Ambrosio, Roberto Lucas, Filipe Penha, Igor Baroni e Juan Luiz fizeram uma reflexão sobre a questão da violência na Escola. Na apresentação do trabalho, refletiram sobre a violência no âmbito escolar e pesquisaram sobre um trabalho que ocorreu na escola sobre as diferentes formas de violência presentes na escola e de como o jovem se sente afetado por isso. Deram testemunhos de exemplos de violência vivida/sentida na escola, além de nos mostrar atos de vandalismo presentes no dia-a-dia da escola (portas arrobadas, buracos nas portas pelos quais os alunos enfiam a cabeça e outros membros, carteiras quebradas, pixações, etc). Leram e explicaram para a turma o seguinte artigo, elaborado pela professora Iacy Nunes Oliveira Santos.

Prática Exploratória e o projeto político pedagógico do Colégio 

Estadual Antônio Houaiss – professores e alunos construindo parcerias 

Resumo: O texto relata uma proposta de reflexão sugerida por alunas do

Ensino Médio de uma escola da rede pública estadual sobre as diferentes
formas de violência presentes na escola e de como o jovem se sente afetado
por isso.

Palavras-chave: violência, espaço escolar, reflexão, conscientização,

mudanças.
Tudo começou com o convite a Cláudia Maria, Monique Novaes e Saionara O.
de Carvalho, alunas da turma 2011, do Colégio Estadual Antônio Houaiss, Rio de
Janeiro, para participarem das reuniões de organização do 8º Encontro Anual de
Prática Exploratória, evento que aconteceria em outubro de 2006 na PUC.
Logo na primeira reunião, ao saberem da possibilidade de organizar uma
oficina, o grupo de alunas sugeriu refletir sobre a violência explícita presente no
cotidiano escolar. Violência que pode ser verbal, física ou contra o patrimônio
público. Nas palavras de Saionara, quase sempre, as raivas e revoltas de muitos alunos
resultam em cadeiras e mesas quebradas, pichação de paredes e o pior, no desrespeito
a colegas de turma, professores, funcionários, coordenadores de turno e até mesmo à
direção geral da instituição. A sugestão foi imediatamente aceita e começamos a
desenvolver o tema.
Lançando mão de uma estratégia de marketing audaciosa, as alunas do turno
da tarde da escola do Méier, batizaram a oficina com o nome de um grupo musical de
enorme sucesso entre os jovens – Os Rebeldes. Pronto! O número de inscritos superou
todas as expectativas, afinal professores, coordenadores pedagógicos e alunos
participantes, desejavam saber qual a relação entre o grupo pop mexicano e a Prática
Exploratória...
Durante a oficina, que contou com o apoio logístico das experientes
professoras Marja, Doreen e Sylvia, o grupo de participantes teve a oportunidade de
ver – através de fotos do colégio, reportagens publicadas em jornais e revistas de
grande circulação sobre o tema e artigos publicados na Internet – o quanto a violência
que acontece no espaço escolar incomoda o jovem e a toda comunidade escolar, não
somente no Rio de Janeiro, mas em outras partes do país e do mundo.
Os participantes, organizados em pequenos grupos, foram convidados, então, a
relatar suas experiências relativas ao tema e a troca de informações fluiu com
naturalidade. Ao final, os diversos grupos de participantes que se formaram foram
incentivados a produzir e apresentar pôsteres, sintetizando suas impressões sobre o
tema proposto. Ao término da oficina, os trabalhos produzidos, passaram a integrar a
exposição geral de pôsteres, realizada no salão da pastoral.
Sabedora do trabalho desenvolvido pelas alunas da 2ª. Série, nossa
Coordenadora Pedagógica, professora Taísa Ferraz, convidou-as a apresentar a oficina
realizada na PUC, em outubro, no evento que aconteceria em novembro no Colégio
Estadual Antônio Houaiss – o 1º Encontro de Todos os Povos e Suas Culturas.
Novamente, as alunas promoveram um ambiente de troca e reflexões. Dessa vez, os
participantes foram seus colegas de turma, de série, de escola e professores da
instituição.
A proposta lançada pelas alunas foi bastante elogiada e comentada por todos
na escola. No início do presente ano letivo, para nossa alegria e surpresa constatamos
que o Projeto Político Pedagógico da escola contemplava justamente o tema da
preservação da escola, da qualidade de vida e do ambiente. Atualmente, como observa
Monique, passamos pelos corredores de nossa escola e observamos cartazes
elaborados por alunos de diferentes séries, expondo o tema. Em várias salas de aula,
em diferentes disciplinas, a questão vem sendo analisada e todos buscam uma maior
conscientização sobre o assunto.
Podemos dizer que não vivenciamos mais a violência no ambiente escolar?
Não, ainda não. Mas podemos afirmar que ela está sendo questionada, que todos os
segmentos da escola estão cientes de que ela acontece e de que, se quisermos,
podemos mudar isso...

A AUTORA

Iacy Nunes Oliveira Santos, membro do Grupo de Prática Exploratória, é pós-graduada em língua
inglesa, professora de Inglês da Rede Pública do Estado do Rio de Janeiro, atuando no ensino médio
das seguintes instituições: Colégio Estadual Antônio Houaiss, Méier; Ciep 092 - Federico Fellini, Tomás Coelho; Colégio Estadual Cidade de Lisboa, Madureira e Colégio Estadual Professor José de
Souza Marques, Brás de Pina.
E-mail: iacyprof@hotmail.com

Os alunos adoraram a iniciativa proposta pela professora Iacy e pediram para que realizássemos um trabalho sobre a violência na escola, a fim de voltar a despertar a consciência dos alunos para a necessidade de preservar o ambiente escolar e também respeitar a convivência entre todos.

3 comentários:

  1. o certo é Filipe Penha (como letra "i"). mas ta valendo rs. excelente blog espero que tenha sucesso

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  2. Perdão, querido, já corrigi ! No relatório estava escrito Felipe... reclama com seu amigo, rs !

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  3. Excelente trabalho que demonstra a capacidade criativa dos alunos da rede pública estadual! Demonstra ainda a grande chave para o sucesso da escola pública, parceria com grandes e sérias universidades! Foi um ano de bastante aprendizado.

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